Dos restos ao fim
Caos, caco, vidro
dos pés a cabeça
quebra-cabeça na lasca,
fronte e parede
Me quebra os ossos
imundos de sangue
toda carne esconde
Dentro de cada galinha existe um ovo
Os meus pés querem ligeiramente suspirar
Etretanto, Entanto, Encanto
O desejo destes coitados abutres
que querem, anceiam, aspiram e tocam
ao ver o olhar nu da menina que perdeu as roupas
Quase me esqueço do conceito amor e paz
Pau no cu me cai bem melhor
De pau eu entendo,
paulada e espancamentos
até a morte
Vermes malditos se esfregam em tudo
que presta que resta
Neste resto de merda que sobra
Fundida, a conspiração é real
Querem me matar
aniquilar
os suicidas, camaradas meus...
Edward mãos de tesoura
(e suas árvores poéticas)
você é uma utopia!
Me corta com suas tesouras-unhas
de gato me arranhando ao quadro-negro
gato que também me arranha de assalto
Bandidos!
Roubaram o meu lírico e
agora querem me fazer comer o eu
Eu desisto vida e
mesmo assim viver...
dos pés a cabeça
quebra-cabeça na lasca,
fronte e parede
Me quebra os ossos
imundos de sangue
toda carne esconde
Dentro de cada galinha existe um ovo
Os meus pés querem ligeiramente suspirar
Etretanto, Entanto, Encanto
O desejo destes coitados abutres
que querem, anceiam, aspiram e tocam
ao ver o olhar nu da menina que perdeu as roupas
Quase me esqueço do conceito amor e paz
Pau no cu me cai bem melhor
De pau eu entendo,
paulada e espancamentos
até a morte
Vermes malditos se esfregam em tudo
que presta que resta
Neste resto de merda que sobra
Fundida, a conspiração é real
Querem me matar
aniquilar
os suicidas, camaradas meus...
Edward mãos de tesoura
(e suas árvores poéticas)
você é uma utopia!
Me corta com suas tesouras-unhas
de gato me arranhando ao quadro-negro
gato que também me arranha de assalto
Bandidos!
Roubaram o meu lírico e
agora querem me fazer comer o eu
Eu desisto vida e
mesmo assim viver...
Marcadores: Clarice Lispector
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