terça-feira, 15 de março de 2011

No par: pés de canetas

Os deveres, de repente me lembro. Mas Por outro lado, seria bom estar em casa. Dormir um pouco, levar à cama um travesseiro sem pena; sem dó nem piedade. Meter no Travesseiro. Gozar sem pesadelo e dormir no gozo; sem cheiro, me cheira, me leva pra casa. Deita comigo e não reclama do gozo grudado no travesseiro. Me lembro que não sai de casa nem deixei de esquecer a porta aberta; e mesmo assim você entrou e deitou na janela semi-aberta, na luz semi-nua, no bolso, na calça, meu chão sumiu no seu pulo, no pêlo, no peito, sorriu. Seu peito sorriu dentro do seu corpo acabado no piso térreo e bem alí meu chão sumiu. A cor do vazio, qualquer coisa de azul.


Marcela Thomé e Marcelo Augusto

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