sábado, 17 de julho de 2010

épocas de coito

E todas essas mentiras que agente se conta?
E tudo isso que agente inventa dia dentro dia fora?
porque a mente fora do coito se corta entre os farrapos
sem escapismos e metáforas?
E o Adeus involuntário
dessa vida involuntária
dos pedidos de socorro puramente
involuntários?

Todas essas pessoas que andam fugindo uma das outras,
Ternura, tentar a ternura, espremer ternura, daqueles
daqueles e ninguém mais
V O C Ê
nada, nem um tico me faz sentido, os sentidos
todos cegos por entre tudo que ando fazendo
cega
Cegueira me invade a veia como dorga
I´ve got a soul of a junckie man and the sad eyes
of a puppy dog
Coito, cama e grito
palma da mão que só bate e não me soca
eu quero a inconsciència do coito
eu quero porrada até chegar a sua inconsciência.

Dolores mulheres como eu,
Dolores, money and whores
Sou a puta do pensamento
ando dando a cada esquina de esquecimento.
Que me roubem tudo que na saudade me sobrar
não deixem nem cacos de vidros, só aqueles que
servem para cortar
minhas unhas sem banho, arranham sujeira

A exigência da minha poesia, somos um espelho
uma da outra
eu não tenho um centavo e pobresa ela em mim reflete
coito faz o reflexo de intimidades execivas que sangra
banho não mais preciso,
o caos me necessita
danadamente
As viagens continuam sem rumo nem mar
tudo voa em aviões que nada pagam
nem um pão, nem uma gota do suor do meu pai
Pintores e influentes todos eles tem culhões
o que me cabe é uma profissão sem êxito

Só os corpos nus me cheiram e comem
consumidores das sobras da minha poesia
épocas de coito e de cães de rua
farejando a falta de vergonha do país
onde todos os fugitivos se escondem
nas entrelinhas de fronteiras
Sulamericanas
trains and rivers, anywhere that can hide shame

Ei você! Sou eu a paranóia que não vai te deixar em paz até cesar...

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